Segundo rede de TV estatal, mais de mil pessoas ficaram feridas após invasão de torcedores ao término da partida entre Al Masry e Al Ahly
Ao menos 73 mortes e mais de mil feridos - 150 deles em estado crítico. Esse é o saldo dos distúrbios ocorridos nesta quarta-feira na cidade de Port Said, no nordeste do Egito, após o jogo entre Al Msry e Al Ahly, pelo Campeonato Egípcio. As informações são do Ministério da Saúde do Egito, conforme publicou o "Ahram Online", site de um dos mais importantes jornais do país.
De acordo com Hisham Shiha, porta-voz do Ministério, a maioria dos feridos apresentava cortes profundos ou traumas. O tumulto começou após o fim do jogo, quando o campo foi invadido pelos torcedores dos dois times.
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Empolgados com a vitória de virada sobre o atual campeão nacional por 3 a 1, torcedores do Al Masry, que já haviam paralisado a partida no meio do segundo tempo por conta de fogos de artifício lançados após a comemoração de um dos gols, invadiram o gramado e agrediram jogadores e comissão técnica do Al Ahly, que ainda não havia sido derrotado na temporada.
- Todos jogadores foram brutalmente agredidos – disse o lateral-direito Ahmed Fathi em entrevista por telefone ao portal “Ahram Online”.
Com os jogadores refugiados, os torcedores do Al Masry, alguns deles armados com facas, partiram em direção aos fãs do Al Ahly, que eram visitantes, e a confusão piorou.
‘Um torcedor morreu na minha frente’
Os jogadores, que se refugiaram da confusão no vestiário em um primeiro momento - depois foram para um quartel do exército -, não esconderam o desespero na hora da tragédia.
- Pessoas morreram e estamos vendo corpos agora. Um torcedor morreu no vestiário na minha frente – disse o meia Mohamed Abou-Treika, aos gritos, durante entrevista à emissora oficial do Al Ahly.
O meia-atacante Mohamed Barakat reclamou da passividade dos policiais diante do caos.
- Não tinha ninguém para nos proteger. Mas acho que é a nossa culpa porque fomos a campo jogar a partida. As autoridades tinham medo de cancelar o campeonato porque eles só pensam em dinheiro. Eles não ligam para as vidas das pessoas – afirmou Mohamed Barakat, dando a entender que a liga local já sabia que o jogo era de risco.
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