Segundo fonte ouvida por este OCE, seu salário passará a 2,3 milhões mensais, incluindo os patrocínios pessoais, sobre os quais o Santos abre mão da parcela de 30% a que tinha direito, pelo contrato anterior.
Disse o presidente Luiz Álvaro que seu contrato teria tido sua duração reduzida, mas, pela informação recebida, é justamente o contrário: um aumento de dois anos no prazo, que, dessa forma, chegaria a 2017.
De acordo com o presidente, em 2014, depois da Copa, o clube irá liberá-lo.
Aqui há um problema, ou melhor, dois problemas a serem considerados: o Santos é detentor de 50% dos direitos econômicos do atleta. A outra metade está dividida em 40% para a DIS, empresa do Grupo Sondas; 5% para a TEISA, o fundo formado por investidores santistas (que não tem objetivo de lucro, mas tem o interesse do retorno do capital investido); 5% para o pai do atleta, Neymar da Silva Santos.
Caso o clube, em 2014, simplesmente libere o atleta, sem nenhum ressarcimento, não existirão os direitos econômicos desses investidores e do pai do jogador, algo que é um problema de porte. Pela lógica, portanto, é até necessário que o novo contrato garanta o direito do Santos por mais tempo, para poder justificar o pagamento de outro clube pela saída antecipada do jogador. Porque, mesmo que o Santos eventualmente abra mão do valor a que tem ou terá direito nessa transferência, pelo menos um dos demais interessados e que tem participação no negócio não abrirá mão do dinheiro que, por força de contrato, é seu.
Ainda segundo relato da fonte deste OCE, o Real Madrid e a DIS já estariam acertados em torno dos 40% do grupo, o mesmo acontecendo com a parcela do pai do atleta. Para o clube espanhol, faltava somente o ok do Santos.
Aqui há um fato novo que pode ter influenciado os bastidores: o nascimento do filho de Neymar e seu apego a ele, gostando do papel de pai, que veio juntar-se à vontade nunca escondida de jogar pelo Santos.
É bom recordar a passagem do médico merengue por São Paulo, acompanhando exames médicos do jogador, numa ação que, simplesmente, não dá para acreditar tenha sido mera coincidência.
Falando das notícias anteriores sobre a transferência de Neymar para o Real Madrid ou Barcelona, o presidente do Santos mostrou-se chateado com a imprensa, que, segundo ele, “vendeu” Neymar várias vezes, o que não aconteceu. Disse, também: “Às vezes as fontes se apressam em dar notícias atrás de interesses próprios e os jornalistas acabam sendo vítimas desses informantes mal-informados. Nunca me escondi e disse que o Neymar não estava vendido.”
Muito do que a imprensa publica tem sua origem nas fontes. O Caso Watergate jamais teria existido sem a fonte que abasteceu os dois jornalistas do Washington Post, citando apenas como um exemplo da importância de uma fonte para a própria história do jornalismo e dos Estados Unidos. E, de certa forma, até para a história mundial, uma vez que, em função das revelações, um presidente acabou sendo afastado do poder.
O presidente está certo ao dizer que algumas fontes, às vezes, vazam notícias por interesses próprios. Mas, em defesa da imprensa e também deste OCE, que repercutiu e comentou as notícias anteriores, as fontes podem até ter errado, mas havia fogo por trás da fumaça.
E, por tudo que sei, ainda há e conviveremos com mais notícias a respeito.
A permanência de Neymar é um presente para o futebol brasileiro em muitos sentidos, até mesmo como exemplo para outros clubes. Nem por isso, entretanto, a imprensa deve deixar de lado as informações que recebe e nas quais deposita confiança. A informação, seja ela considerada como boa ou ruim por uma parte, é direito do leitor ou espectador e um dever de quem trabalha nos órgãos de informação, independentemente de sua função.
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