quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Vereador de Paço do Lumiar pode estar envolvido em morte de empresário

O vereador por Paço do Lumiar, Edson Arouche Júnior, o “Júnior do Mojó”, de 42 anos, pode ter participado da trama que culminou na morte do empresário Margeon Lanyere Ferreira Andrade, 45, na manhã da última sexta-feira (14). Júnior do Mojó foi citado pelo caseiro Roubert Sousa dos Santos, conhecido como “Louro”, 19, em depoimento à Polícia Civil, como uma das pessoas que estaria fazendo ameaças a Margeon Lanyere junto com o corretor Elias Orlando Nunes Filho, 57.

Na noite de ontem, o parlamentar prestou depoimento na Superintendência de Polícia Civil da Capital (SPCC). De acordo com o delegado Sebastião Uchoa, Júnior do Mojó negou seu envolvimento na morte do empresário e na falsificação de documentos para a venda do terreno onde Margeon foi morto e enterrado.

Foto: Divulgação

Em depoimento, Júnior do Mojó negou participação na morte do empresário

Entretanto, como disse Uchoa, o vereador confirmou que conhece o corretor Elias Orlando e que os dois trabalham juntos faz algum tempo, com transações imobiliárias. O delegado disse que Júnior do Mojó já responde por um processo na comarca de Paço do Lumiar por conflitos de terras, o que o deixaria em uma situação bastante delicada. “Nesta quinta-feira, vamos pedir a folha corrida dele à comarca daquele município e daremos sequência às investigações”, afirmou Sebastião Uchoa.

Ameaças de bandidos – Em seu depoimento à polícia, o caseiro Roubert dos Santos afirmou que ouviu Margeon dizer que estava sendo ameaçado de morte por um grupo de bandidos, citando como supostos responsáveis Elias Orlando e o vereador Júnior do Mojó. Roubert informou ainda que o corretor foi várias vezes ao terreno lhe ameaçar, ordenando para que o rapaz saísse do local ou então ele iria usar uma carregadeira para destruir o muro do terreno.

O caseiro disse ter sido procurado duas vezes por Elias Orlando, e que este ofereceu dinheiro para Roubert matar o empresário, mas ele não teria aceito. Em uma das ocasiões, o corretor teria ido ao local em uma SW4 prata, com mais três pessoas que não saíram do veículo, tendo dito que o terreno era dele e oferecido R$ 5 mil para Roubert assassinar Margeon.

Ontem, um casal de Imperatriz procurou a SPCC para denunciar que teria sido a quinta vítima a comprar o terreno que pertencia ao empresário assassinado. Segundo o delegado Sebastião Uchoa, o homem e a mulher disseram ter comprado parte das terras do corretor Elias Orlando pelo valor de R$ 53 mil, no dia 27 de julho deste ano. “Essas pessoas não sabiam que o lugar já havia sido vendido. A descoberta aconteceu somente quando Margeon percebeu algo errado devido ao casal ter pagado uma pessoa para limpar o terreno, que era dele. Foi, então, que ele mostrou seus documentos de escritura e registro de imóvel ao casal”, revelou Uchoa.

Diante dessa situação, de acordo com o delegado, foi constatada a falsificação de documentos envolvendo corretores e cartórios. E por esses fatos, Sebastião Uchoa disse que existe a possibilidade de se estar perante uma grande quadrilha de grileiros na Ilha de São Luís. fonte JORNAL EQUENO

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