Ministro do Esporte já depôs duas vezes no Congresso sobre crise na pasta.
Liderança do PSDB quer ouvir policial e motorista que acusam ministro.
O ministro dos Esportes, Orlando Silva, volta nesta terça-feira (25) ao Congresso para falar pela terceira vez aos parlamentares desde que surgiram as denúncias de desvio de recursos na pasta. Ele participa de audiência pública na comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a Lei Geral da Copa. A sessão foi pedida pelo próprio ministro.
no Senado, na última quarta-feira. (Foto: Reprodução)
Na semana passada, Orlando Silva foi à Câmara, na terça (18), e no Senado, na quarta (19). Nas duas ocasiões, repetiu que "não há, não houve nem haverá" provas de seu suposto envolvimento. O ministro acusado pelo policial militar João Dias Ferreira de comandar o suposto esquema e ter recebido propina na garagem do ministério.
Orlando Silva volta ao Congresso um depois do segundo depoimento de João Dias à Polícia Federal. Na saída, o policial disse que não tinha provas específicas que envolvessem diretamente o ministro. "Em nenhuma delas [das gravações] tem a voz do ministro", disse. Ele diz ter entregado à PF 13 gravações e 4 documentos que comprovariam a participação de servidores da cúpula da pasta.
A assessoria de imprensa do Ministério dos Esportes informou que Silva não deverá falar sobre as denúncias. De acordo com o órgão, o objetivo da audiência é discutir as medidas previstas para a Copa do Mundo de 2014 e a Copa das Confederações de 2013.
Mais depoimentos na Câmara
Está prevista para quarta-feira (26) a ida de João Dias à Comissão de Fiscalização Financeira da Câmara. Ele deve ir acompanhado do motorista Célio Soares Pereira, que teria visto o ministro recebendo dinheiro na garagem do ministério.
Nesta segunda-feira (24), a liderança do PSDB na Câmara protocolou um requerimento convidando os ex-chefes de gabinete da Secretaria de Esporte Educacional, Fábio Hansen, e da Secretaria Executiva da pasta, Charles Rocha, a serem ouvidos pelos deputados.
Ambos são citados em matéria da revista "Veja" publicada neste fim de semana. A revista transcreveu a gravação de uma conversa em que eles teriam combinado com o policial João Dias o envio de um documento à Polícia Militar desmentindo supostas irregularidades na execução de convênios firmados entre a pasta e ONGs controladas pelo policial.
O pedido ainda deverá ser votado em reunião da comissão. Caso aprovado o convite, os servidores não são obrigados a comparecer.
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