quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Defesa Civil do Rio avalia se prédio que explodiu tem risco de desabar

Explosão de lanchonete no Centro deixou 3 mortos e mais de 10 feridos.
Uma das hipóteses é de vazamento de gás; ruas estão interditadas.

Carolina Lauriano Do G1 RJ

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O prefeito do Rio, Eduardo Paes, que esteve na manhã desta quinta-feira (13) no Centro do Rio, onde uma lanchonete explodiu, disse que técnicos da Defesa Civil fazem uma inspeção no prédio para saber se há risco de desabamento. A explosão deixou 3 mortos e mais de 10 feridos.

Segundo Paes, até que seja finalizado o trabalho, os imóveis no entorno da região atingida ficarão interditados. No local, além do prédio onde fica a lanchonete, há um hotel e um prédio residencial.

“A Defesa Civil está nesse momento com engenheiros levantando se há riscos de desabamento. Tem algumas lajes que sofreram abalos. Isso não está fechado e estão vindo para cá especialistas. Vamos trabalhar com a possibilidade de risco zero. A área só será liberada depois que a Defesa Civil e técnicos disseram que não há risco de desabamento. Ser no horário mais cedo, evitou que a tragédia fosse ainda maior”, disse Paes.

Entre os mortos está o chef de cozinha da lanchonete Filé Carioca, aonde aconteceu a explosão. A lanchonete funciona num prédio de onze andares. Com o impacto da explosão, oito andares foram atingidos.

O local fica na Praça Tiradentes, perto da Rua da Carioca, a 30 metros de um posto da Polícia Militar. Outras lojas também foram atingidas.

Ainda não há informações sobre as causas do incidente, mas o comandante do 5º BPM (Praça da Harmonia), coronel Amaury Simões, diz que uma das hipóteses é de vazamento de gás.

Suspeita é de vazamento de gás
Uma funcionária da lanchonete contou que ela e mais três funcionários sentiram um forte cheiro de gás ao chegar ao local pela manhã. O chef de cozinha teria dito, então, para eles saírem do local. Pouco depois, houve a explosão e os três corpos foram arremessados a pelo menos 10 metros da lanchonete.

Pelo menos 40 bombeiros do quartel Central estão no local para atender as vítimas. Mais cedo, o coronel Hélio Oliveira, assessor de comunicação dos bombeiros, havia informado que eram pelo menos 13 feridos, sendo 3 em estado grave, que foram levados para o Hospital Souza Aguiar, também no Centro. Mas, de acordo com a Secretaria municipal de Saúde, são 17 feridos, sendo três em estado grave - dois com traumatismo craniano e um com traumatismo addominal - e um no centro cirúrgico. Um dos feridos foi levado para o Hospital Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul.

mapa do local da explosão (Foto: Arte / G1)Mapa do local da explosão (Foto: Arte / G1)

“É um cenário de guerra. Parece que a gente está no Iraque. É uma coisa espantosa, inacreditável. Pessoas foram arremessadas a 5 m”, disse o cabo Dielson da Silva Evangelista, que está no local.

Procurada pelo G1, a assessoria da Light informou que o fornecimento de energia é normal e que não tem qualquer responsabilidade no incidente. Já a Companhia Distribuidora de Gás do Rio (CEG) disse, por meio de nota, que "desde 1961 não fornece gás canalizado para o prédio em que houve a explosão". A Companhia informou ainda que "foi acionada pelo Corpo de Bombeiros às 7h42 e que desde às 8h está no local, por medida de prevenção e segurança, e para prestar toda colaboração na identificação das causas do acidente".

Interdições
O Centro de Operações da Prefeitura do Rio informa que as ruas da Carioca, Assembleia, Visconde de Rio Branco e República do Paraguai, altura da Evaristo da Veiga, estão interditadas ao trânsito. Equipes da Prefeitura, como agentes da CET-Rio, Guarda Municipal e Comlurb, além de Bombeiros e Policiais Militares estão no local, que está isolado.

Como alternativa, os motoristas que circulam pelo Centro podem utilizar as avenidas Rio Branco, Almirante Barroso, República do Chile, além das ruas do Lavradio, do Senado, Vinte de Abril e Avenida Mem de Sá.

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