Explosão de lanchonete no Centro deixou 3 mortos e mais de 10 feridos.
Uma das hipóteses é de vazamento de gás; ruas estão interditadas.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, que esteve na manhã desta quinta-feira (13) no Centro do Rio, onde uma lanchonete explodiu, disse que técnicos da Defesa Civil fazem uma inspeção no prédio para saber se há risco de desabamento. A explosão deixou 3 mortos e mais de 10 feridos.
Segundo Paes, até que seja finalizado o trabalho, os imóveis no entorno da região atingida ficarão interditados. No local, além do prédio onde fica a lanchonete, há um hotel e um prédio residencial.
“A Defesa Civil está nesse momento com engenheiros levantando se há riscos de desabamento. Tem algumas lajes que sofreram abalos. Isso não está fechado e estão vindo para cá especialistas. Vamos trabalhar com a possibilidade de risco zero. A área só será liberada depois que a Defesa Civil e técnicos disseram que não há risco de desabamento. Ser no horário mais cedo, evitou que a tragédia fosse ainda maior”, disse Paes.
Entre os mortos está o chef de cozinha da lanchonete Filé Carioca, aonde aconteceu a explosão. A lanchonete funciona num prédio de onze andares. Com o impacto da explosão, oito andares foram atingidos.
O local fica na Praça Tiradentes, perto da Rua da Carioca, a 30 metros de um posto da Polícia Militar. Outras lojas também foram atingidas.
Ainda não há informações sobre as causas do incidente, mas o comandante do 5º BPM (Praça da Harmonia), coronel Amaury Simões, diz que uma das hipóteses é de vazamento de gás.
Suspeita é de vazamento de gás
Uma funcionária da lanchonete contou que ela e mais três funcionários sentiram um forte cheiro de gás ao chegar ao local pela manhã. O chef de cozinha teria dito, então, para eles saírem do local. Pouco depois, houve a explosão e os três corpos foram arremessados a pelo menos 10 metros da lanchonete.
Pelo menos 40 bombeiros do quartel Central estão no local para atender as vítimas. Mais cedo, o coronel Hélio Oliveira, assessor de comunicação dos bombeiros, havia informado que eram pelo menos 13 feridos, sendo 3 em estado grave, que foram levados para o Hospital Souza Aguiar, também no Centro. Mas, de acordo com a Secretaria municipal de Saúde, são 17 feridos, sendo três em estado grave - dois com traumatismo craniano e um com traumatismo addominal - e um no centro cirúrgico. Um dos feridos foi levado para o Hospital Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul.
“É um cenário de guerra. Parece que a gente está no Iraque. É uma coisa espantosa, inacreditável. Pessoas foram arremessadas a 5 m”, disse o cabo Dielson da Silva Evangelista, que está no local.
Procurada pelo G1, a assessoria da Light informou que o fornecimento de energia é normal e que não tem qualquer responsabilidade no incidente. Já a Companhia Distribuidora de Gás do Rio (CEG) disse, por meio de nota, que "desde 1961 não fornece gás canalizado para o prédio em que houve a explosão". A Companhia informou ainda que "foi acionada pelo Corpo de Bombeiros às 7h42 e que desde às 8h está no local, por medida de prevenção e segurança, e para prestar toda colaboração na identificação das causas do acidente".
Interdições
O Centro de Operações da Prefeitura do Rio informa que as ruas da Carioca, Assembleia, Visconde de Rio Branco e República do Paraguai, altura da Evaristo da Veiga, estão interditadas ao trânsito. Equipes da Prefeitura, como agentes da CET-Rio, Guarda Municipal e Comlurb, além de Bombeiros e Policiais Militares estão no local, que está isolado.
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