POR VALQUÍRIA FERREIRA
Cerca de oito técnicos sul-coreanos, da empresa STX Pan Ocean, devem chegar hoje (7) a capital maranhense, para avaliar a situação do navio Vale Beijing, arrendado pela mineradora Vale. A embarcação, que apresenta avarias no casco, estava atracada desde o último domingo (4) no Píer 1, no Terminal Portuário da Ponta da Madeira, e foi deslocada na tarde de ontem (6) para a área 6, entre o Porto do Cujupe e a Ilha do Medo.
De acordo com o capitão Nelson Ricardo Calmon Bahia, da Capitania dos Portos do Maranhão, o navio foi retirado do Píer 1 para a área 6 a fim de ser avaliado pelos técnicos da empresa STX Pan Ocean e liberar o local para voltar ao seu funcionamento normal. O capitão informou ainda que o navio possui duas rachaduras, uma no lado direito e outra no lado esquerdo de um dos tanques responsáveis pela flutuação da embarcação; mas, que ficam distantes do tanque de combustível e da parte onde o minério está acondicionado e impede a contaminação da Baía de São Marcos.
Foto: Alessandro Silva
Capitão Nelson Ricardo está acompanhando as investigações para descobrir as causas do problema
O navio Vale Beijing é novo e foi recém construído pela empresa STX Pan Ocean; e, em seguida, alugado para empresa Vale. A embarcação mede 370 metros de comprimento e 65 de largura, com capacidade para carregar 390 mil toneladas de minério. Em seu primeiro abastecimento, ele apresentou problemas no casco, o que prejudicou sua situação de navegabilidade. O Vale Beijing está parado até que os técnicos responsáveis por sua construção descubram o que ocasionou as rachaduras e solucione o problema.
A Capitania dos Portos avisou que em breve uma empresa vai ser contratada para retirar o combustível e a carga do navio. No entanto, não soube informar o que teria ocasionado as rachaduras. “Somente os técnicos da STX que chegam hoje podem dizer o que ocasionou as avarias, mas abrimos um inquérito administrativo para avaliar o caso”, disse o capitão Nelson Calmon Bahia.
Noventa dias para conclusão – O inquérito da Capitania dos Portos tem o prazo mínimo de 90 dias para ser concluído, e recebe a assessoria da Marinha com a ajuda de dois técnicos, um de vistoria, e outro na parte ambiental. Além disso, o Instituto Brasileiro de Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) estão investigando a situação, para saber o que pode ter ocasionado as avarias no navio recém construído.
Foto: Divulgação
O navio Vale Beijing rachou em dois lugares quando estava sendo carregado com minério de ferro
Por meio de nota à imprensa, os dois órgãos informaram terem destacado, na tarde de segunda-feira (5), missão técnica para vistoria in loco, no sentido do acompanhamento e da coleta de informações iniciais sobre o ocorrido. Na manhã de ontem (6), o secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais, Carlos Victor Guterres Mendes; e o superintendente do Ibama no Maranhão, Pedro Leão da Cunha Soares Filho, estiveram no local e se reuniram com dirigentes da Vale, avaliando os procedimentos adotados e o tratamento dado à questão.
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