O deputado federal Chiquinho Escórcio (PMDB) foi ouvido na tarde de ontem (10), na Câmara Federal, em Brasília, pelo ministro Arnaldo Versiani, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O depoimento de Escórcio, cujo durou 15 minutos e ocorreu em seu gabinete, se deu como testemunha de defesa da governadora Roseana Sarney Murad (PMDB) e do vice-governador Washington Luiz Oliveira (PT) no processo de cassação (RCED 809), movido pelo ex-governador José Reinaldo Tavares contra a diplomação dos atuais governantes maranhenses.
Na sessão da oitiva, conduzida pelo ministro Arnaldo Versiani, Chiquinho Escórcio respondeu uma única pergunta, afirmando que não sabia nada do quase 1 bilhão em convênios eleitoreiros assinados com os aliados e quase quitados no período que antecedeu as eleições. A informação é do blog do Klant. Nas demais respostas Escórcio limitou-se a dizer “não sei, não vi, não tenho conhecimento”.
No mês de junho de 2010, quatro meses antes da eleição para o governo do Estado, foram celebrados 979 convênios eleitoreiros, totalizando R$ 400 milhões. Somente nos dias 23 e 24 de junho, no dia da convenção que homologou a candidatura de Roseana Sarney, foram 545 convênios. Incluindo fundo a fundo, prefeituras, associações, foram mais de 1 bilhão em convênios eleitoreiros.
A audiência foi comandada pelo próprio ministro Arnaldo Versiani, relator do processo de cassação. Por ter foro privilegiado, Chiquinho Escórcio pôde marcar a data e horário para ser ouvido.
O advogado e deputado estadual Rubens Jr., que representa, junto com os advogados Abdon Marinho e Rodrigo Lago, a acusação no processo que apura abuso de poder político e econômico de Roseana nas eleições de 2010, disse ao blog que a audiência, na qual foi ouvido Escórcio, “não acrescentou nada” e foi o último ato antes das alegações finais do processo. Já foram aouvidos também, no último dia 6 de março, como testemunhas de defesa de Roseana/Washington os secretários estaduais Hildo Augusto Rocha Neto (Assuntos Políticos) e Sérgio Antônio Mesquita Macedo (Comunicação).
“Encerrou-se, assim, a fase de instrução, partindo-se agora para as alegações finais, e, depois de concluído isso, mais cinco dias para o parecer do Ministério Público. Logo após, o ministro Arnaldo Versiani poderá colocar em pauta no TSE o processo para ser julgado”, informou.
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