quinta-feira, 15 de março de 2012

Assessor de deputado do MA que coordena frente contra o crack é preso por tráfico


jornal pequeno

POR OSWALDO VIVIANI

Uma das 11 pessoas presas na operação “Anubis”, da Polícia Civil do Maranhão e do Ministério Público Estadual, contra o tráfico de drogas, em Timon, no último sábado (11), é assessor do deputado estadual Alexandre Almeida (PSD), coordenador da Frente Parlamentar de Combate ao Crack, criada na Assembleia Legislativa do Maranhão em agosto de 2011. Nomeado pelo deputado em fevereiro do mesmo ano, Antônio Kelson Moreira da Silva seria demitido ontem (12), segundo Almeida.

“Ele [Kelson] foi um imbecil em se envolver nesse tipo de coisa. Eu não sabia de nada”, disse o parlamentar a um blog. “Apoio totalmente a operação policial que prendeu todas essas pessoas em Timon. A polícia está de parabéns. Ele [Kelson] não terá nenhum apoio meu no sentido de protegê-lo. Vai ter de pagar pelos crimes que cometeu”, completou Alexandre Almeida – que também é presidente do Conselho de Ética da AL-MA. Antônio Kelson Moreira da Silva ocupava um cargo isolado e ganhava cerca de R$ 14 mil mensais.

Antônio Kelson (de boné), em foto na qual também aparece o deputado Alexandre Almeida (1º à esq.)

Durante a operação “Anubis”, além de Kelson, foram presos Leandro Carvalho dos Santos (“Léo”), Maria de Fátima Alves Cardoso, Daniel do Nascimento Vasconcelos (“Bombado”), Vicente de Paula F. Moraes Junior, Gislene Mendes Santana, Flávio Rodrigues Milhomem de Sousa, Domingos Almeida Cunha (“Dominguinhos”), Alexandre Carvalho Alves, Alisson Antônio Leite dos Santos (“Magrão”) e um homem identificado apenas como Bernardo (“Índio”). Os policiais também apreenderam dois veículos e duas motocicletas.

De acordo com o delegado Jair de Paiva Lima, superintendente de Polícia Civil do Interior, a operação foi resultado de cerca de três meses de investigações da Polícia Civil de Timon e da Inteligência da Secretaria de segurança Pública, que contaram com o apoio do Ministério Público Estadual. Os acusados presos atuavam em Timon e na capital piauiense, Teresina.

“Além do tráfico, os envolvidos praticavam uma série de outros crimes associados, como assaltos e homicídios em decorrência da disputa pela comercialização de entorpecentes na região”, destacou Jair Paiva, afirmando que as investigações devem prosseguir, tendo em vista que o bando tinha ramificações também nas cidades de Coelho Neto e Caxias.

O bando foi autuado pela prática de tráfico, associação para o tráfico, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Todos os detidos foram encaminhados ao Centro de Ressocialização Jorge Vieira, em Timon.

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