Esquema de fraudes foi revelado na reportagem do Fantástico.
Sem saber que estava sendo gravado, homem revela o golpe no Paraná.
O homem suspeito de comandar o esquema de fraudes nos postos de combustíveis em Curitiba, Cléber Salazar, falou pela primeira vez após as denúncias apresentadas pelo Fantástico.
Em entrevista à RPC TV ele disse que continua trabalhando e não tem nada para esconder. "Minha vida é um livro aberto, tenho cadastro no Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Todo mês eu passo a relação de todos os postos que a gente faz a manutenção. Os técnicos estão preparados para trabalhar perante a lei", afirmou Cléber.
Salazar aparece na reportagem, sem saber que estava sendo gravado, falando ao repórter Eduardo Faustini como funciona o esquema de adulteração das bombas. A fraude eletrônica é instalada separadamente, em cada saída de combustível. Após a explicação, Cléber ainda faz um orçamento de quanto custaria a instalação do equipamento.
Na manhã desta segunda-feira (9), a polícia chegou a uma casa na periferia de Curitiba que seria a sede da empresa de Cléber. No local, foram encontrados muitos papéis, equipamentos e placas de computador que podem ter sido usadas nas fraudes das bombas de combustíveis.
Ainda durante a manhã, o gerente de um dos postos da capital que apresentou a maior diferença na quantidade de combustível, prestou depoimento na delegacia de estelionato. Segundo a denúncia, neste posto, os clientes pagavam por 20 litros de gasolina e recebiam pouco mais de 18. Outros postos de Curitiba e Região Metropolitana também foram vistoriados. Ao serem questionados sobre quem seria Cléber Salazar, os frentistas de um posto em Pinhais afirmaram que ele prestava manutenção nas bombas.
"Vamos pedir ainda nesta segunda o mandado de busca e apreensão e consequentemente a prisão de Cléber Salazar", disse ao G1 o delegado Jairo Estorílio.
O delegado afirmou também que Cléber está cadastrado no Instituto de Pesos e Medidas (Ipem), apesar de ser suspeito de ter praticado o ato ilícito.
O governador Beto Richa (PSDB) afirmou que vai mandar investigar se existe participação de funcionários públicos estaduais no golpe de adulteração. "Sendo confirmado, o funcionário será demitido sumariamente", relatou Richa.
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