terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Dilma inicia visita oficial a Cuba nesta terça-feira

Agenda inclui encontro com Raúl Castro, assinatura de atos e inspeção de obra


A presidente Dilma Rousseff inicia nesta terça-feira (31) sua primeira visita oficial a Cuba desde que assumiu o cargo. É também a primeira vez que ela deixa o Brasil em 2012.

Dilma desembarcou em Havana ainda na segunda-feira (30), mas sem compromissos oficiais agendados para o dia. Hoje, ela deposita uma oferenda floral no Memorial Jose Martí, herói da independência do país, a partir das 9h35 (horário local, 12h35 em Brasília).

A recepção oficial está marcada para as 10h. Em seguida, ela se reúne com o presidente da ilha caribenha, Raúl Castro, no Palácio da Revolução. Às 11h45, a presidente assina atos de cooperação bilateral. Um almoço privado ocorrerá ao meio-dia.

Dilma visitará o Porto de Mariel, ainda em Havana, à tarde. O governo brasileiro financia 80% da obra que ampliará a capacidade do porto, considerado essencial para o comércio cubano.

Não foram divulgadas informações sobre um eventual encontro com o ex-presidente Fidel Castro, líder da Revolução Cubana, que triunfou em 1959.

A presidente permanece em Cuba até quarta-feira (1º), quando embarca para o Haiti, segunda etapa de sua primeira viagem internacional do ano. O retorno ao Brasil está previsto para quinta (2).

Agenda econômica

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a visita a Cuba é uma “oportunidade para aprofundar o crescente diálogo e cooperação no relacionamento bilateral, com ênfase na agenda econômica, que experimentou crescimento importante e grande diversificação nos últimos anos”.

Dados divulgados pelo Itamaraty indicam que, em 2011, o comércio bilateral entre Brasil e Cuba chegou a cerca de US$ 1,1 bilhão (US$ 642 milhões), número considerado recorde. A alta em relação ao ano anterior foi de 31%.

Quanto à cooperação, a intenção brasileira é aprofundar a parceria nas áreas técnica, científica e tecnológica, com foco em agricultura, segurança alimentar, saúde e produção de medicamentos.

Havia expectativa quanto a uma possível reunião com dissidentes cubanos, mas a diplomacia brasileira já anunciou que Dilma não pretende recebê-los.

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