Acusada de receber R$ 8 mil em propina do líder indígena Uirauchene Alves Soares, Simone Limeira (PCdoB), pediu hoje o afastamento do cargo de comissão, em reunião realizada no Palácio dos Leões. |
Uirauchene teve uma conversa com o secretário de Articulação Política do Governo, o homem mais poderoso da República da Mudança, Márcio Jerry, pelo whatsapp, em que foi pedido que não faça manifestação (como a ocorrida no início de junho), e a garantia do pagamento atrasado.
Com a assessora exonerada hoje, em conversa pelo whatsapp, Simone pede dinheiro para conseguir intermediar a liberação do pagamento a uma empresa da mulher do índio , que opera com transporte escolar indígena na região de Grajaú.
A assessora diz que foi vítima de armação e informou que pediu afastamento do cargo para provar que é inocente. Porém, o indígena apresentou dois depósitos de R$ 4 mil na conta de assessora, mas ela teria pedido R$ 16 mil.
Ela informa que o primeiro pagamento foi para ajudar o carnaval de Grajaú, mas esqueceu que ao pedir o dinheiro ao índio alegou que ganha pouco, cerca de R$ 6 mil líquidos.
Abaixo a íntegra da nota oficial.
Venho por meio deste e em respeito ao povo de Grajaú, do Maranhão, aos meus colegas de partido e de governo, e da sociedade em geral, prestar os seguintes esclarecimentos acerca de denúncia contra mim veiculada em blogs e jornais a partir de declarações dadas pelo Sr Uirauchene Alves Soares. Antes de tornar esta nota pública, informo ter procurado pessoalmente a Assessoria Especial do Governo para prestar estes esclarecimentos e as providências que estou adotando.
Em primeiro lugar afirmo que o depósito feito em minha conta no último dia 17 de julho se trata de armação para atingir a mim e o governo. Jamais solicitei tal depósito ao Sr. Uirauchene nem com ele tratei em momento algum de assunto desse tipo. Só fiquei sabendo do depósito pelos blogs ontem à noite e hoje fiz o estorno do valor indevidamente depositado.
Quanto ao outro depósito, esclareço que no início do ano o Sr Uirauchene colaborou como patrocinador com recursos para a organização de atividades do carnaval em Grajaú, do mesmo modo que fizeram outras pessoas, incluindo amigos empresários da cidade.
Ao esclarecer estes fatos repudio com muita indignação tamanha e tão covarde armação contra mim, que sempre atuei em apoio as comunidades indígenas de Grajaú. Jamais, repito, atuaria de uma forma que tanto condeno e nem trairia a confiança dos que acreditam em mim.
É sabido que eu, na qualidade de assessora especial do Governo do Maranhão, tenho buscado mediar soluções sobre as demandas indígenas em geral e não somente a questão de transporte escolar indígena. Ressaltando que eu não tenho poder decisório para essa questão, sendo a Secretaria de Educação responsável por tratar deste assunto em específico. Jamais procurei a Secretaria de Educação para requerer pagamentos de quem quer seja.
Tenho minha consciência tranqüila e estou tomando as providências cabíveis. Certa da minha inocência, mas sabedora de que se trata de armação grosseira para atingir o governo, informo que hoje, após reunião citada em que prestei esclarecimentos, pedi meu afastamento da Assessoria Especial para provar em todas as instâncias que forem necessárias a minha total inocência.
Tenho uma vida limpa e uma atuação política ética, o que aumenta a minha indignação e sentimento de busca da verdade e da justiça.
Simone Gauret Serafim Lima Limeira
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