Prefeita Irlahi Moraes |
No Maranhão tem sido prática comum o afastamento ou cassação de prefeito e em menos de uma semana a Justiça retorna o gestor ao cargo. Pouco importa se ele roubou ou praticou qualquer ilícito.
Na segunda-feira, dia 3, a Câmara Municipal de Rosário afastou por 90 dias a prefeita Irlahi Linhares Moraes, acusada de contratar empresa de seus familiares para fornecimento de combustíveis ao valor de R$ 919.450,00, quase R$ 1 milhão.
Para não ser notificada da decisão, que foi inclusive publicada oficialmente, a prefeita se escondeu junta com sua irmã, que é procuradora geral do município.
Mas como era de se esperar, ela acabou voltando ao cargo por decisão da juíza Rosângela Prazeres, da Comarca de Rosário, alegando que a prefeita não exerceu o direito constitucional de defesa.
Ora, ela não teve o mandato cassado e sim foi afastada por um prazo de 90 dias, tempo suficiente para provar que não agiu de forma desonesta ao contratar empresa de sua família por quase R$ 1 milhão.
Mas, ao que parece, para a Justiça de Rosário a corrupção e o ato de improbidade administrativa cometido pela prefeito é o de menos. Aliás, a prefeita tinha tanta certeza de seu retorno ao cargo que fez pouco caso da decisão dos vereadores.
Então essa prática tem sido comum nos municípios maranhenses. Em muitos casos, o Ministério Público pede o afastamento, o juízo local acata, o gesto passa poucos dias fora do cargo e ganha o retorno pelas mãos de um desembargador.
Por essa razão, prefeitos roubam à vontade, ficam podres de ricos, a população padece, a cidade fica no buraco, e não temos mais em quem confiar.
E o que é pior ainda: não se tem conhecimento de que nenhum corrupto tenha efetivamente permanecido na cadeia por um longo período ou que os produtos da roubalheira fosses devolvidos ao erário. Uma lástima!
Blog do Luis Cardoso
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