quarta-feira, 23 de maio de 2012

Metroviários aceitam acordo e encerram greve em SP

Assembleia aconteceu na tarde desta quarta na sede do sindicato.
Paralisação na CPTM continua; audiência ocorre no fim da tarde no TRT.

Roney Domingos Do G1 SP


Os metroviários decidiram, em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira (23), aceitar o acordo com o Metrô e retornar ao trabalho ainda nesta quarta. Eles paralisaram as atividades à meia-noite e interromperam a circulação de trens em trechos de três linhas da companhia. O acordo entre representantes do governo e do Sindicato dos Metroviários foi fechado em reunião realizada na Justiça do Trabalho. “A ideia é rapidamente começar a rodar o Metrô de São Paulo. Espero que até as 18h a gente retome”, disse o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres Júnior.

Duas linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também foram paralisadas. A audiência de conciliação entre funcionários e diretoria da companhia está marcada para as 17h desta quarta, segundo o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT).

O presidente do Sindicato dos Metroviários disse, no fim da assembleia, que alguns trabalhadores serão levados com micro-ônibus até as regiões onde embarcarão nas linhas, para agilizar o retorno ao trabalho. “A gente quer atender à população, inclusive tem o retorno de trabalhadores para suas casas e também o jogo de futebol entre Corinthians e Vasco. Espero que a gente consiga atender à população adequadamente”, afirmou.

A greve parou trechos de linhas do Metrô ao longo do dia (confira a situação agora). A cidade registrou recorde histórico de congestionamento no período da manhã, com 249 km às 10h. O retorno para casa também não deve ser fácil para o paulistano. No fim da tarde, o índice de lentidão começava a subir (acompanhe a situação do trânsito). O rodízio municipal de veículos continua suspenso no período da tarde, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

Negociação
Na reunião entre o Metrô e o sindicato, o principal ponto definido foi o reajuste salarial de 6,17%. A companhia não informa quanto do índice é composto de reajuste de inflação e quanto é aumento salarial real.

Os envolvidos no impasse participaram de audiência de conciliação no TRT, na região da Rua Consolação, em São Paulo. A reunião foi mediada pela desembargadora e vice-presidente do tribunal, Anélia Li Chum. O encontro começou por volta das 12h15 e terminou pouco depois das 13h30.

Inicialmente, o Sindicato dos Metroviários chegou a pedir reajuste salarial de 5,39%, com aumento real de 14,99%. O acordo obtido foi "o possível", disse ao final da audiência o presidente do sindicato, Altino de Melo Prazeres Júnior. "Satisfeito eu não estou, mas foi o possível. O reajuste está aquém, mas temos muita preocupação com a sociedade", afirmou ele.

Antes da votação dos metroviários, ocorrida na sede do sindicato, na Zona Leste de São Paulo, o presidente da entidade defendeu o fim da greve. "Essa proposta não é a ideal, é uma importante conquista, mas não é uma vitória. Minha proposta é aprovar o acordo e levantar o moral da categoria para que a gente consiga avançar", disse Altino.

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